TEMPO DE DIZER OBRIGADO!

Segundo Encontro das Américas: uma experiência espiritual, porém sem caráter ou vínculo religioso, que tomou lugar nos dias 04-05-06 de maio na Sala Sul de Minas- bairro da Colônia.

E faz-se um imperioso agradecimento a todas as pessoas , cuja ajuda e cooperação foram imprescindíveis para que o evento lograsse êxito. Gostaríamos de registrar publicamente os nossos mais sinceros agradecimentos.

Agradecimento à Prefeitura Municipal de Paraisópolis na pessoa do Sr. Prefeito Sérgio Wagner Bizarria e ao Sr. Geraldo Carlos Goulart pela cordialidade com que nos receberam pessoalmente da Casa da Cultura Irmãs Carvalho e pela presteza com que atenderam as solicitações feitas mediante ofícios.

Em nome do Tiago e do Renan deixamos um agradecimento muito especial a todos e a cada componente da “Lira Cônego Profício”, pela magistral apresentação na manhã de 06 de maio, propiciando momentos de prazer e descontração aos nossos ilustres visitantes.

Agradecimento carinhoso à Irmã Cecília Vieira Célio, ao Clayton Matias Ferreira e à Lauren Moreaux palestrantes que aceitaram de bom grado o convite para fazerem a noite de abertura do evento.

Agradecimento especial ao Rogério Matias e Mariléia por oferecerem o salão Asilo São Vicente e Paulo para a abertura do evento .

Agradecimentos especiais a todos os nossos patrocinadores e comércio local: Sandra Contadora, Casa de Frio 2 Irmãos, Casa Alvino, Paraíso Verde, Ótica da Maura, Maria Poá, Batista Bebidas, Dona Rosa Mineirices, Box Millenium, Supermercado Unissul, Dra. Maria Henriqueta Barros – Consultórios especializados, Restaurante e Pizzaria Coisa e Tal, Habitat Construções.

Agradecimento ao André Luiz Silva por disponibilizar o som.

Agradecimento ao Benedito Carlos da Silva Carlos pelo Datashow.

A todos que, de uma forma ou de outra, nos ajudaram o nosso MUITO OBRIGADO.

Equipe de Coordenação

Jornadas de Inspiração Espiritual

Tema: A Reconciliação
2º Encontro das Américas

Dias 4, 5 e 6 de maio de 2018 – Paraisópolis – Minas Gerais – Brasil

Participação aberta e gratuita
Organização: Comunidades da Mensagem de Silo

Olá amigos e amigas, é com muita alegria e afeto que convidamos a todos e todas para o 2º Encontro das Américas na Sala Sul de Minas da Mensagem de Silo. O evento terá início do dia 4 de maio de 2018, aniversário do pronunciamento de Silo, que ficou conhecido como A Cura do Sofrimento (1969). Serão realizadas diversas atividades com o tema da Reconciliação (ver texto abaixo ou clique aqui), tais como, oficinas, intercâmbios, vídeos, apresentações culturais, entre outras. As atividades são abertas e gratuitas.

Confira a programação:

Dia 4 de maio – sexta – das 19h30 às 22h30
Abertura – Vídeo de Silo 2007 (acesse aqui), Palestras e Cerimônia
Local: Asilo São Vicente – Paraisópolis – MG
Vila São Vicente de Paula, 569

Dia 5 de maio – sábado – das 9h30 às 19h00
Intercâmbios, oficinas e vídeos sobre a Reconciliação
Local: Sala Sul de Minas – Paraisópolis – MG
Bairro da Colônia – Rodovia MG 173 Km 47

Dia 6 de maio – domingo – início 9h30 às 14h00
Apresentações culturais e cerimônias
Local: Sala Sul de Minas – Paraisópolis – MG
Bairro da Colônia – Rodovia MG 173 Km 47

Jornadas de Inspiração Espiritual

Em espanol:

Jornadas de Inspiración Espiritual
Tema: La Reconciliación
2º Encuentro de las Américas

Días 4, 5 y 6 de mayo de 2018
Paraisopolis – Minas Gerais – Brasil

Participación abierta y gratuita
Organización: Comunidades del Mensaje de Silo

Hola amigos e amigas, es con mucha alegría y afecto que invitamos a todos y todas para el 2º Encuentro de las Américas en la Sala Sur de Minas del Mensaje de Silo. El evento comenzará el 4 de mayo de 2018, aniversario del pronunciamiento de Silo, que se conoció como La Curación del Sufrimiento (1969). Se realizarán diversas actividades con el tema de la Reconciliación (ver texto acá), tales como talleres, intercambios, videos, presentaciones culturales, entre otras. Las actividades son abiertas y gratuitas. En breve divulgaremos más informaciones sobre la programación.

In english:

Days of Spiritual Inspiration
Theme: Reconciliation
2nd Gathering of the Americas
Days: 4, 5 and 6 May 2018
Paraisopolis – Minas Gerais – Brazil

Open and free participation
Organization: Communities of Silo’s Message

Hello friends, it is with great joy and affection that we invite everyone for the 2nd Gathering of the Americas in the Southern Minas Hall of Silo’s Message. The event will begin on May 4, 2018, the anniversary of Silo’s pronouncement which became known as The Healing of Suffering (1969). Various activities will be carried out on the theme of Reconciliation (see text here), such as workshops, exchanges, videos, cultural presentations, among others. The activities are open and free. In short time, we will present more information about the program.

Palavras de Silo nas Jornadas de Inspiração Espiritual
Punta de Vacas, Mendoza, Argentina
5 de maio de 2007

Queridas amigas, queridos amigos, peregrinos e visitantes do Parque Punta de Vacas. Gostaria de tocar no núcleo principal destas jornadas, que está dado pela Reconciliação como experiência espiritual profunda. Mas sei que saberão me perdoar se faço um rodeio, adiando o tema por uns minutos, a fim de ambientar esta situação um tanto extraordinária que estamos vivendo.

Somente quatro vezes em quase 40 anos nos comunicamos publicamente daqui, desta paragem montanhosa desolada. A primeira vez foi em 1969. E hoje vemos umas estelas gravadas em diversos idiomas que recordam o que foi dito naquela oportunidade. Ali está a síntese de um sistema de pensamento e ação que foi se expressando de diversas maneiras, em distintos tempos e em diferentes lugares do mundo. Naquela época, falou-se das diferenças que existiam entre a dor física e o sofrimento mental. E se considerou a Justiça e a Ciência, voltadas totalmente para o progresso das sociedades, como únicos caminhos para mitigar e fazer retroceder a dor de nossos corpos. Mas ocorria com o sofrimento mental, diferentemente da dor física, que não era possível fazê-lo desaparecer apenas pelo caminho da Justiça e da Ciência. O contínuo empenho aplicado em fazer avançar a Ciência e a Justiça nas sociedades humanas dignificava as melhores causas. Igualmente, ao tratar de vencer o sofrimento mental, fazia-se um esforço tão importante quanto o aplicado em vencer a dor. Desde então, pregamos que os esforços para superar a dor e o sofrimento são os mais dignos esforços do empreendimento humano.

Com centenas de milhares de amigos afetuosos, colocamo-nos na tarefa de humanizar a Terra. O que tem sido para nós “humanizar a Terra”? Tem sido colocar como máximo valor a liberdade humana e como máxima prática social a não discriminação e a não violência. Ao tratar de humanizar a Terra, não nos excluíamos das obrigações que exigíamos de outros. De fato, impúnhamo-nos como norma de conduta a exigência de tratar os demais como queríamos ser tratados. Agora, propusemos fazer uma parada no caminho da humanização para refletir sobre o sentido de nossa existência e de nossas ações. Peregrinamos a esta paragem desolada, buscando a Força que alimenta nossa vida, buscando a Alegria do fazer e buscando a Paz mental necessária para progredir neste mundo alterado e violento. Nestas Jornadas, estamos revisando nossas vidas, nossas esperanças e também nossos fracassos, com o objetivo de limpar a mente de toda falsidade e contradição. Ter a oportunidade de revisar aspirações e frustrações é uma prática que, ainda que fosse apenas uma vez na vida, deveria ser feita por todo aquele que busca avançar em seu desenvolvimento pessoal e em sua ação no mundo. Estes são dias de inspiração e reflexão. Estes são dias de Reconciliação. Reconciliação sincera com nós mesmos e com aqueles que nos feriram. Nessas relações dolorosas que padecemos, não estamos tentando perdoar nem ser perdoados. Perdoar exige que uma das partes se coloque em uma altura moral superior e que a outra parte se humilhe diante daquele que perdoa. E é claro que o perdão é um passo mais avançado que o da vingança, mas não é tanto quanto o da reconciliação.

Tampouco estamos tentando esquecer as ofensas que aconteceram. Não é o caso de tentar a falsificação da memória. É o caso de tentar compreender o que aconteceu para entrar no passo superior de reconciliar. Nada de bom se consegue pessoal ou socialmente com o esquecimento ou o perdão. Nem esquecimento nem perdão! Porque a mente deve ficar fresca e atenta, sem dissimulações, nem falsificações. Estamos considerando agora o ponto mais importante da Reconciliação que não admite adulterações. Se é que buscamos a reconciliação sincera conosco e com aqueles que nos feriram intensamente é porque queremos uma transformação profunda de nossa vida. Uma transformação que nos tire do ressentimento no qual, em definitiva, ninguém se reconcilia com ninguém e nem sequer consigo mesmo. Quando conseguimos compreender que em nosso interior não habita um inimigo, mas um ser cheio de esperanças e fracassos, um ser no qual vemos, em curta sucessão de imagens, momentos bonitos de plenitude e momentos de frustração e ressentimento; quando conseguimos compreender que nosso inimigo é um ser que também viveu com esperanças e fracassos, um ser que teve belos momentos de plenitude e momentos de frustração e ressentimento, estamos colocando um olhar humanizador sobre a pele da monstruosidade.

Este caminho para a reconciliação não surge espontaneamente, do mesmo modo que não surge espontaneamente o caminho para a não violência. Porque ambos requerem uma grande compreensão e a formação de uma repugnância física pela violência.

Não seremos nós que julgaremos os erros, próprios ou alheios – para isso, estará a retribuição humana e a justiça humana e será a altura dos tempos que exercerá seu domínio, porque eu não quero me julgar nem julgar… Quero compreender em profundidade para limpar minha mente de todo ressentimento.

Reconciliar não é esquecer nem perdoar, é reconhecer tudo o que ocorreu e propor-se a sair do círculo do ressentimento. É passear o olhar, reconhecendo os erros próprios e os dos outros. Reconciliar a si mesmo é propor-se a não passar pelo mesmo caminho duas vezes, mas dispor-se a reparar duplamente os danos produzidos. Mas está claro que àqueles que nos tenham ofendido não podemos pedir que reparem duplamente os danos que nos ocasionaram. No entanto, é uma boa tarefa fazer-lhes ver a cadeia de prejuízos que vão arrastando em suas vidas. Ao fazer isso nos reconciliamos com quem tenhamos sentido antes como um inimigo, mesmo que isso não faça com que o outro se reconcilie conosco, mas isso já é parte do destino de suas ações sobre as quais nós não podemos decidir.

Estamos dizendo que a reconciliação não é recíproca entre as pessoas e também que a reconciliação consigo mesmo não traz como consequência que outros saiam de seu círculo vicioso, embora se possa reconhecer os benefícios sociais de semelhante postura individual.

O tema da reconciliação tem sido central em nossas jornadas, mas seguramente muitos outros avanços teremos conseguido ao peregrinar fisicamente em uma paisagem desconhecida que terá despertado paisagens profundas. E isso sempre será possível se o Propósito que nos leva a peregrinar for uma disposição para a renovação, ou melhor ainda, uma disposição para a transformação da própria vida.

Nestes dias, passamos revista às situações que consideramos mais importantes em nossa vida. Se localizamos esses momentos e passeamos por eles, com a reconciliação limpando os ressentimentos que nos atam ao passado, teremos feito uma boa peregrinação até a fonte da renovação e da transformação.

Não esqueçamos as pequenas frases que surgiram em nosso interior, não esqueçamos os pensamentos que nos chegaram subitamente, não deixemos de anotar algumas verdades que conseguimos sentir, porque as vimos dançar brevemente em nosso caminhar ou porque as vimos em nossos sonos reparadores depois de nossa peregrinação. Essas frases, esses pensamentos e essas verdades dançarinas são inspirações que estamos prontos para agradecer e são inspirações que nos convidam a ir além de nossas experiências, não somente de reconciliação, mas de superação das contradições, das debilidades e dos temores.

Faço votos para que as buscas e os encontros nos inflamem e nos motivem muito profundamente.

Para terminar, devo dizer que reconheço e quero compartilhar com todos esta situação que é similar à que descrevemos em uma de nossas Experiências Guiadas: “Regresso ao mundo com a fronte e as mãos luminosas. Assim, pois, aceito meu destino. Ali estão o caminho e eu, humilde peregrino que regressa à sua gente. Eu, que volto luminoso às horas, ao dia rotineiro, à dor do homem, à sua simples alegria. Eu, que dou de minhas mãos o que posso, que recebo a ofensa e a saudação fraterna, canto ao coração que do abismo escuro renasce à luz do ansiado sentido”.

Silo

Evento: 2º Encontro das Américas | Sala Sul de Minas